Guarda-redes-Linha e Linha-Guarda-redes: diferentes utilizações estratégico-táticas do guarda-redes na liga nacional de Futsal de 2016
Resumo
O futsal sofreu constantes alterações nas suas regras, o que trouxe implicações técnico-táticas e estratégicas e novas exigências para o treino, em particular para o guarda-redes. A análise de jogo tem vindo a contribuir para afinar a compreensão destas mudanças de forma a possibilitar mais adequadamente as adaptações às novas exigências. Considerando este cenário, este artigo analisou a utilização do guarda-redes-linha e da linha-guarda-redes no futsal, diferenciando estas duas abordagens da utilização do guarda-redes, e verificando a eficácia destas ações tático-estratégicas. Através de uma abordagem exploratória, a nossa amostra foi constituída por 10 jogos da primeira fase da Liga Nacional de Futsal 2016, analisados em função do contexto de utilização destes dois recursos. Os resultados apontaram que o guarda-redes-linha é utilizado nas jogadas de linha lateral e nas pressões adversárias, havendo um certo equilíbrio entre as etapas do jogo, é independente do marcador e que os locais padrão de receção são dentro e à frente da área de baliza. Os seus principais desfechos foram passes falhados e finalizações, com um número baixo de golos marcados. No caso do guarda-redes, é utilizado quando há um resultado adverso no marcador na segunda etapa da partida. O principal local de receção é a ala direita do ataque, sendo que os desfechos das jogadas apontaram para um número expressivo de remates e nenhum golo marcado. A baixa eficácia aliada à elevada produção ofensiva, apontam para a necessidade de um treino mais direcionado para as exigências surgidas em consequência da maior eficácia da marcação adversária nesta situação de jogo.
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