Análise da aptidão física de jovens praticantes de futebol: efeitos do período de preparação e da titularidade competitiva

Resumo

Pretendeu-se avaliar e comparar condições físicas e técnicas de jovens considerados titulares e suplentes de uma equipa de futebol sub-17, considerando períodos preparatório, competitivo e pós-competitivo. O presente estudo caracteriza-se como observacional longitudinal, com avaliação de variáveis ​​relevantes no futebol, a saber: potência dos membros inferiores, flexibilidade, agilidade, capacidade de repetir sprints e distância percorrida em teste progressivo, bem como informações pessoais, como a idade, massa corporal , estatura, altura tronco-cefálica, estádio maturacional e tempo de prática. Numa análise multivariada, para o desempenho em diferentes testes de aptidão física e técnica verificou-se um efeito do momento (F=4,49; p<0,001; poder = 0,99), mas não da titularidade no início da época (F=1 ,94; p=0,54; Nas análises univariadas registam-se prejuízos na agilidade (p<0,001) e tempo de passe (p=0,001) e uma quebra de desempenho no RAST (p<0,001) ao longo do tempo. De um modo geral, indicam-se tendências de queda/aumento no salto vertical (p=0,05), flexibilidade (p=0,01), agilidade (p=0,001) e em medidas do RAST (p<0,01) . Salienta-se que, na agilidade, houve diferença entre titulares e suplentes nos três momentos de análises, com melhores valores entre os primeiros (p<0,05). Conclui-se que titulares e suplentes diferenciaram-se apenas quanto à agilidade. Indica-se que uma época competitiva gerou uma modificação negativa na agilidade, capacidade de repetir sprints e distância percorrida num teste progressivo e positiva na potência dos membros inferiores e flexibilidade, exigindo revisão do processo de treino.