O quinto jogador na elite do futsal brasileiro: entre a maior chance de finalizar e o perigo do desaire

Resumo

O futsal é uma modalidade que tem vindo a crescer cada vez mais, quer em relação ao nível competitivo das equipas e dos jogadores, quer no número de praticantes e apoio mediático em todo o mundo. Facto este que tem impulsionado os investigadores e profissionais da área a procurarem um maior entendimento do jogo e das suas variáveis, utilizando em larga medida a análise de jogo como ferramenta. As alterações na regra da modalidade trazem variações no funcionamento do jogo e a alteração referente à atuação do guarda-redes representou modificações relevantes no futsal. Com isto, o objetivo deste estudo foi analisar a utilização do quinto jogador na elite do futsal brasileiro e identificar a sua eficácia. Para tal, foram analisados ​​14 jogos, através de uma análise sistemática objetiva e não participante, da fase a eliminar da Liga Nacional de Futsal de 2019, totalizando 304 ações com o quinto jogador. A utilização do quinto jogador não se revelou eficaz, proporcionando um balanço desfavorável de golos às equipas. O guarda-redes foi mais utilizado do que o guarda-redes (64,5% vs. 35,5%; p<0,001). Foi também mais eficaz em relação à posse de bola (16,8%) e número de remates (26,6%) com diferença estatística (p=0,005), no entanto, trouxe mais prejuízos às equipas (2,6% golos sofridos) . A estratégia foi empregue com maior frequência quando as equipas estavam a perder (65,8%; p<0,001), não se qualificando no campeonato (79,6%; p<0,001) e no último período do jogo (61,8%; p<0,001).