Operários da bola ou reféns do sistema? A trajetória do atleta de futebol no campo demarcado pelos interesses do capital
Resumo
Para compreender o futebol, faz-se necessário conhecer e reconhecer a posição que a atividade ocupa por meio da distribuição dos praticantes segundo a colocação dos mesmos no espaço social, apontando para a necessidade de se perceber o tratamento do esporte na condição de fenômeno inscrito em um sistema mercadológico. A popularização dos esportes – entre os quais o futebol que, em tempos contemporâneos, abandona progressivamente seu caráter recreativo para transformar-se em atividade vinculada ao consumo de massa – fundamentou-se (não só, mas acima de tudo) em relações capitalistas, adaptando-se à vida moderna e firmando-se como forma dissimulada para o trabalho, seguindo as determinações ditadas pela produção. No processo de transformação do futebol em espetáculo esportivo globalizado, atletas são vistos como mercadoria, torcedores como consumidores e o jogo como ativo financeiro.
Referências
-Bourdieu, P. Como é possível ser esportivo. In: Benjamin, Walter. Questões de Sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero. 1983.
-Elias, N.; Dunning, E. A busca da excitação. Lisboa: DIFEL. 1992.
-Elias, N.; Dunning, E. Deporte e Ocio em eu processo dela civilización. Cidade do México: Fondo de Cultura Económica. 1992.
-Kupper, A. Nos rastros da bola: o futebol brasileiro entre apropriações e desapropriações. Tese de Doutorado. 2019.
-Lefebvre, H. Critique de l avie quotidienne. 2ª edição. Paris. L1Arche. 1958. Vol. 1.
-Rigauer, B. Sport und Arbeit. 1969.
-Thompson, E. P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1987. Vol. 2.
Copyright (c) 2024 Agnaldo kupper
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçõo do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).