Fatores motivacionais para adesão e permanência na prática do futebol de jovens jogadores
Resumo
Este estudo tem como objetivo de analisar os determinantes para adesão e permanência no futebol de jovens atletas. A amostra foi composta por vinte e oito atletas do sexo masculino, da categoria sub 17, de um clube amador de futebol de um município da região oeste do Rio Grande do Sul. Como instrumento de recolha dos dados utilizou-se de um questionário sobre a caracterização sociodemográfica e o Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física e Esportiva, desenvolvido e validado por Balbinotti e colaboradores (2010). Os dados foram analisados através da estatística descritiva. Os resultados demonstraram que os atletas tinham em média 16 anos e suas famílias encontram-se distribuídas nos extratos econômicos de A até E, com maior prevalência no extrato C, com 48,5%. Como dimensão motivacional predominante encontrou a Competitividade, seguido do Prazer e Saúde. Os fatores de maior importância, para a adesão e prática do futebol, estavam relacionados a atingir objetivos e enfrentar desafios. Conclui-se que os jovens atletas investigados têm grande desejo pela competição, mas sem deixar de lado a motivação pelo prazer e pela saúde.
Referências
-ABEP. Critérios de classificação econômica de 2016. Disponível em <https://goo.gl/291p5U> Acesso em
/12/2018.
-Balbinotti, M. A. A.; Barbosa, M. L. L.; Saldanha R. P.; Balbinotti, C. A. A. Estudos fatoriais e de consistência interna da Escala Balbinotti de Motivos à Competitividade no Esporte (EBMCE-18). Motriz rev. educ. fís.
Vol. 17. Núm. 2. p. 318-27. 2010.
-Brandão, M. R. F. Fatores de stress em jogadores de futebol profissional. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas. 2000.
-Chaves, W. M. O clima motivacional nas aulas de Educação Física: lima motivacional nas aulas de Educação Física: uma abordagem sócio - cognitivista. In: Coletâneas 2º Congresso Científico Latino - Americano da FIEP - UNIMEP. 2º Simpósio Científico Cultural em Educação Física e Esportes Brasil/Cuba. UNIMEP. Piracicaba. 2002.
-Coqueiro, D. P.; Honorato, N. P. A psicologia aplicada às categorias de base do futebol. EFDeportes.com. Revista
Digital. Buenos Aires. ano 13. Núm. 123. 2008.
-De Rose Junior, D.; Sato, T. C.; Selingardi, D.; Bettencourt, E. L.; Barros, J. C. T. S.; Ferreira, M. C. M. Situações de jogo como fonte de “stress” em modalidades esportivas coletivas. Revista Brasileira Educação Física e Esporte. São Paulo. Vol.18. Núm. 4. p. 385-395. 2004.
-Jones, G. Performance Excellence: A Personal Perspective on the Link Between Sport and Business. Journal of applied sport psychology. Vol. 14. p. 268-281. 2002.
-Gil, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo. Atlas. 2012.
-Gonçalves, H. T.; e colaboradores. Motivos à prática regular de futebol e futsal. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano. Vol. 27. Núm. 3. p. 2. 2015.
-Knijnik, J. D.; Vasconcellos, E. G. Mulheres na área no país do futebol: perigo de gol. In: Simoes, A. C.(org). Mulher e Esporte: mitos e verdades. Manole. 2003
-Koruc, Z.; Arsan, N.; Kagan, S.; Kocaeksl, S. Motivational tendencies and competitive anxiety in second league football teams. Journal of Sports Science and Medicine, Eastern Mediterenean University. Vol. 6. Núm. 10. p. 154-155. 2007.
-Leme, C. G. É Gol! Deus é 10: A Religiosidade no Futebol Profissional Paulista e a Sociedade de Risco. Dissertação de Mestrado. São Paulo. PUC. 2005.
-Lemos, E. C. Determinantes da adesão e não adesão ao programa academia da cidade, Recife-PE. Dissertação de Mestrado. Departamento de Saúde Coletiva. Fundação Oswaldo Cruz. 2012.
-Matos, D. C. Influência motivacional em crianças e adolescentes para a prática do futebol. Revista Digital EFDesportes. ano 16. Núm. 159. 2011.
-Monteiro, A.O. Desporto: Da Excelência à Virtude, Um Caminho para Crianças Jovens e Adultos. Tese de Doutorado. Braga. Universidade do Minho. 2007.
-Nuñez, P. R. M.; Picada, H. F. S. L.; Schulz, S. T.; Habitante, C. A.; Silva, J. V. P. Motivos que Levam Adolescentes a Praticarem Futsal. Conexões: Revista da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Vol. 6. Núm. 1. p. 67- 78. 2008.
-Pain, M. A.; Harwood, C. The performance environment of the England youth soccer teams. Journal of Sports Sciense, Loughborough. Vol. 25. Núm. 12. p. 1307-1324. 2007.
-Rial, C. Rodar: A circulação dos jogadores de futebol brasileiros no exterior. Revista Horizontes Antropológicos. Porto Alegre. Núm. 30. 2008.
-Ryan, R. M.; Deci, E. L. Intrinsic and Extrinsic Motivations: Classic Definitions and New Directions. Contemp Educ Psychol. Vol. 25. Núm. 1. p. 54-67. 2000.
-Samulski, D. M.; Chagas, M. H. Análise do stress na competição em jogadores de futebol de campo das categorias infantil e juvenil. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Núm. 4. p. 12-18. 1992.
-Samulski, D. Psicologia do Esporte. Manole. 2002.
-Scalon, R. M. Psicologia do Esporte e a Criança. Porto Alegre. Edipucrs. 2004.
-Silva, S. R.; Campos, P. A. F. Futebol e a educação física na escola: possibilidades de uma relação educativa. Rev Cienc. Cult. Vol. 66. Núm. 2. p. 39-41. 2014.
-Stefanello, J. M. F. Situações de estresse no vôlei de praia de alto rendimento: um estudo de caso com uma dupla olímpica. Revista Portuguesa de Ciência do Desporto. Porto. Vol. 7. Núm. 2. p. 232-244. 2007.
-Sterlemann, V.; Ganea, K. Long-term behavioral and neuroendocrine alterations following chronic social stress in mice: Implications for stress-related disorders. Hormones and Behavior. 2007.
-Tani, G. A criança no esporte: implicações da iniciação esportiva precoce. In: Krebs, R.J. Desenvolvimento infantil em contexto. Florianópolis. UDESC. 2001. p.101-113.
Copyright (c) 2021 VinÃcius Silveira dos Santos, Any Gracyelle Brum dos Santos, Thais de Lima dos Santos, Phillip Vilanova Ilha
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçõo do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).