A influência do estágio maturacional na aptidão aeróbia de atletas de futebol da categoria sub-15

  • Marí­lia Padilha Martins Tavares Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal-RN, Brasil
  • Heloiana Karoliny Campos Faro Centro Universitário do Rio Grande do Norte, Natal-RN, Brasil
  • Luiz Fernando de Farias Júnior Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal-RN, Brasil
  • Arnaldo Luis Mortatti Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal-RN, Brasil
  • Hassan Mohamed Elsangedy Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal-RN, Brasil
Palavras-chave: Adolescentes, Maturação, Aptidão cardiorrespiratória

Resumo

A pesquisa tem como objetivo verificar se há diferenças da aptidão aeróbia entre os ní­veis 3 e 4 do estágio maturacional púbere em atletas pareados por idade cronológica da categoria sub-15 de um time profissional de futebol. A amostra foi constituí­da de 18 indiví­duos eutróficos, com 15 anos de idade, participantes regulares do treinamento de futebol de um time profissional, classificados conforme os estágios de maturação sexual do estágio púbere, estágio 3 (G3; n=8) e estágio 4 (G4; n=10). Foram mensurados a massa corporal e estatura, gordura corporal relativa (GCR), frequência cardí­aca máxima (FCmáx) e volume de oxigênio máximo (VO2máx). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para os dados com distribuição normal foi realizado o teste t de Student para amostras independentes e para os dados não normais, foi utilizado o teste de Mann-Whitney, sendo adotado o p valor de 0,05. Após coleta de dados, não foram encontradas diferenças entre os grupos da massa corporal, estatura, gordura corporal relativa e FCmáx, quanto ao VO2máx também apresentaram resultados diferentes entre os grupos G3 e G4 do estágio púbere (p=0,789). Nesse sentido, com base nestes resultados, conclui-se que apesar dos diferentes ní­veis maturacionais (3 e 4) no estágio púbere, não apresentam diferença em sua aptidão aeróbia, mostrando então que nessa amostra estudada a maturação sexual não obteve tanta influência quanto a aptidão aeróbia dos atletas estudados.

Referências

-Almeida, J. A.; e colaboradores. Validade de Equações de Predição em Estimar o VO 2max de Brasileiros Jovens a Partir do Desempenho em Corrida de 1600m Predictive Equations Validity in Estimating the VO2max of Young. Vol. 16. p. 57-60. 2010.

-Araujo, S. De; de Oliveira, A. Aptidão física em escolares de Aracaju. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 10. Num. 3. p. 271-276. 2008.

-Arruda, M.; Hespanhol, J. E. Treinamento de força em futebolistas. Phorte. 2009.

-Basset, D. R.; Howley, E. T. Maximum oxygen uptake: “classical” versus “contemporary” viewpoints. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 29. Num. 5. p. 591-603. 1997.

-Broekhoff, J. Effects of physical activity on pregnancy BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, 2012. Disponível em: <http://ovidsp.ovid.com/ovidweb.cgi?T=JS&PAGE=reference&D=emed10&NEWS=N&AN=70781090>

-Castagna, C.; e colaboradores. Aerobic fitness and yo-yo continuous and intermittent tests performances in soccer players: a correlation study. Journal of strength and conditioning research / National Strength & Conditioning Association. Vol. 20. Num. 2. p. 320-325. 2006.

-Cyrino, E. S.; e colaboradores. Aptidão aeróbia e sua relação com os processos de crescimento e maturação. R da Educação Física/UEM. Vol. 13. Num. 1. p. 17-26. 2002a.

-Cyrino, E. S.; e colaboradores. Efeitos do treinamento de futsal sobre a composição corporal e o desempenho motor de jovens atletas. Revista Brasileira de Ciência e movimento. Brasília. Vol. 10. p. 41-46.2002b.

-FIFA. FIFA Big Count 2006: 270 million people active in football. FIFA Communications Division. Information Services. 2007.

-Figueira, F. R.; Flores, T.; Navarro, A. C. Identificação do volume de oxigênio máximo através do teste de Yo-Yo em atletas de futebol da categoria sub 14 do Grêmio Futebol Porto Alegrense. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. Vol. 1. Num. 1. p. 127-141. 2009. Disponível em: <http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/9>

-Gil, S.; e colaboradores. Physiological and anthropometric characteristics of young soccer players according to their playing position: relevance for the selection process. J Strength Cond Res. Vol. 21. Num. 2. p. 438-445. 2007.

-Helsen, W. F.; Starkes, J. L.; Winckel, J. A. N. V. A. N. Effect of a change in selection year on success in male soccer players. Journal.American Human.O F. Vol. 6300. 2000.

-Herdy, A. H.; Uhlendorf, D. Valores de referência para o teste cardiopulmonar para homens e mulheres sedentários e ativos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol. 96. Num.1. p. 54-59. 2011.

-Johnson, M. S.; e colaboradores. Aerobic Fitness, Not Energy Expenditure, Influences Subsequent Increase in Adiposity in Black and White Children. Vol. 106. Num. 4. p. 2-7. 2000.

-Krustrup, P.; e colaboradores. The Yo-Yo intermittent recovery test: Physiological response, reliability, and validity. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 35. Num. 4. p. 697-705. 2003.

-Malina, R.; Bouchard, C.; Bar-Or, O. Crescimento, Maturação e Atividade Física. 2ªedição. São Paulo. 2009.

-Malina, R. M. Growth and maturation: basic principles and effects of training. In: Children and youth in organized sports. [s.l.]. 2004.

-Mirwald, R. L.; Bailey, D. A. Maximal Aerobic Power. Sports Dynamics. 1986.

-Musch, J.; Hay, R. The Relative Age Effect in Soccer: Cross-Cultural Evidence for a Systematic Discrimination against Children Born Late in the Competition Year. Sociology of Sport Journal. Vol. 16. Num. 1. p. 54-64. 1999.

-Rowland, T. Fisiologia do exercício na criança. 2ªedição. São Paulo. 2008.

-Sallis, J. F.; Buono, M. J.; Freedson, P. S. Bias in estimating caloric expenditure from physical activity in children. Implications for epidemiological studies. Sports medicine. Vol. 11. Num. 4. p. 203-209. 1991.

-Seabra, A.; Maia, J. A.; Garganta, R. Crescimento, maturação, aptidão física, força explosiva e habilidades motoras específicas. Estudo em jovens futebolistas e não futebolistas do sexo masculino dos 12 aos 16 anos de idade. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol. 2001. Num. 2. p. 22-35. 2001.

-Slaughter,; e colaboradores. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and youth. In: human biology. Vol. 60. p. 709-723. 1988

-Stabelini Neto, A.; e colaboradores. Consumo máximo de oxigênio na adolescência: correlação com a maturação sexual, composição corporal e atividade física. Vol. 34. Num. 3. p. 143-151. 2015.

-Strøyer, J.; Hansen, L.; Klausen, K. Physiological Profile and Activity Pattern of Young Soccer Players during Match Play. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 36. Num. 1. p. 168-174. 2004.

Publicado
2019-02-05
Como Citar
Tavares, M. P. M., Faro, H. K. C., de Farias Júnior, L. F., Mortatti, A. L., & Elsangedy, H. M. (2019). A influência do estágio maturacional na aptidão aeróbia de atletas de futebol da categoria sub-15. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 11(42), 143-149. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/735
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original