As mulheres na torcida jovem do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense

  • Carolina Fernandes Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Francine Morim Menegotto Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Eduardo Klein Carmona Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Janice Zarpellon Mazo Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Futebol, Torcedores, Clubes

Resumo

No Rio Grande do Sul, a participação das mulheres nas torcidas dos dois maiores clubes de futebol do Estado é cada vez maior. Destaca-se a significativa participação das mulheres na Torcida Jovem do Grêmio, fundada em 1977, considerada a mais antiga torcida organizada em atividade do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, situado na capital do estado do Rio Grande do Sul. O objetivo do estudo é compreender como se instituiu a participação das mulheres na Torcida Jovem do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Os procedimentos metodológicos adotados foram a pesquisa em documentos, em sites, a observação livre e a entrevista semiestruturada. A estrutura hierárquica organizada desta torcida possibilitou que as mulheres participantes assumissem símbolos e ideologias de torcida organizada, compondo um núcleo que está presente até os dias atuais nos jogos do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Biografia do Autor

Carolina Fernandes Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Atuando como pós-doutoranda em Ciências do Movimento Humano, no PPGCMH da UFRGS. Doutora em Ciências do Movimento Humano no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano - PPGCMH/ESEF/UFRGS, com bolsa CAPES, com Perí­odo Sanduí­che na Charles University em Praga na República Tcheca. Mestre no Programa de Pós-graduação em Ciências do Movimento Humano com bolsa CAPES. Especialista em Cinesiologia pela ESEF/ UFRGS. Graduada em Educação Fí­sica com licenciatura plena pela Universidade da Região da Campanha. Experiência na área de pesquisa em Educaçâo Fí­sica, com ênfase em História do Esporte e Estudos Olí­mpicos. Membro integrante do Núcleo de Estudos em História do Esporte e da Educação Fí­sica- NEHME- ESEF/UFRGS, atuando principalmente nos seguintes temas: esporte, práticas náuticas e aquáticas, História Social, História Cultural, identidades culturais e esportivização. Membro pesquisadora do Centro de Estudos Olí­mpicos da UFRGS. Participante do 19th International Seminar on Olympic Studies for Postgraduate Students of the International Olympic Academy, ocorrido em Olí­mpia - Grécia, em 2012. Durante o perí­odo de Setembro/2014 a Janeiro/2015 esteve na Charles University, em Praga na República Tcheca, para a realização do Doutorado Sanduí­che sob a orientação do Prof. PhD Jim Parry, com ênfase em Filosofia do Esporte e ética, com bolsa CAPES.

Francine Morim Menegotto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pós-graduada em Educação Fí­sica Escola pela UGF. Graduada em Educação Fí­sica - Licenciatura pela UFRGS. Graduanda em Educação Fí­sica - Bacharelado pela UFRGS.

Eduardo Klein Carmona, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na linha de pesquisa denominada Representações Sociais do Movimento Humano. Bolsista Capes. Bacharel em Educação Fí­sica (ESEF/UFRGS). Licenciado em Educação Fí­sica (ESEF/UFRGS). Membro do Núcleo de Estudos em História do Esporte e da Educação Fí­sica (NEHME/UFRGS). Pesquisa a História do Esporte. Pode atuar nas subáreas: educação fí­sica escolar, esportes coletivos, educação fí­sica infantil, educação fí­sica e esportes adaptados, estudos socioculturais em educação fí­sica, recreação e lazer.

Janice Zarpellon Mazo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto (UP). Mestre em Ciência do Movimento Humano (UFSM). Especialização em Técnica Desportiva - Voleibol; Especialização em Pesquisa Curricular (UFSM). Licenciada em Educação Fí­sica (UFSM). é professora associada da Escola de Educação Fí­sica (ESEF) da UFRGS, onde atua nos cursos de Licenciatura e de Bacharelado em Educação Fí­sica e no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano. é tutora do Programa de Educação Tutorial (PET) da Educação Fí­sica da UFRGS. Realiza pesquisas em História do Esporte e da Educação Fí­sica, além de estudos históricos e socioculturais sobre o esporte paralí­mpico, o esporte adaptado e o esporte dos surdos

Referências

-Alberti, V. História Oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.1989.

-Archetti, E. Masculinidades: fútbol, tango y polo en la Argentina. Buenos Aires. Antropofagia.2003.

-Bandeira, G.A. É dia de lotar o estádio: como os torcedores são convocados para uma partida de futebol. Fazendo Gênero 8. Corpo, Violência e Poder. 2008.

-Bardin, L. Análise de Conteúdo. Lisboa. Edições. 2000.

-Costa, L. M. O que é uma torcedora? Notas sobre a representação e auto-representação do público feminino de futebol. Revista Esporte e Sociedade. Vol. 2. Núm. 4. 2007.

-Damo, A. Futebol e identidade social –uma leitura antropológica das rivalidades entre torcedores e clubes. Porto Alegre. Editora da Universidade-UFRGS. 2002.

-Damo, A. Do dom à profissão: a formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo. HUCITEC. 2007.

-Dunning, E.; Maguire, J. As relações entre os sexos no esporte. Estudos Feministas. Vol. 2. 1997.

-Franzini, F. Futebol é “coisa para macho”? Pequeno esboço para uma história das mulheres no país do futebol. Revista Brasileira de História. Vol. 25. Núm. 50. 2005.

-Gastaldo, É. Futebol e sociabilidade: apontamentos sobre as relações jocosas futebolísticas. Esporte e Sociedade. Vol. 3. 2006.

-Godoy, A.S. Pesquisa Qualitativa: Tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas. Vol. 35. Núm. 3. 1995.

-Hollanda, B.B.A voz da torcida: Biografia, História Oral e Memória nos relatos de antigas lideranças torcedoras. Aurora. Vol. 9. 2010.

-Moraes, M. Mulherada Futebol Clube. Zero Hora. Porto Alegre. 26. 29/05/2011.

-Morato, M. A dinâmica da rivalidade entre pontepretanos e bugrinos. In: J. Daolio. (Org.), Futebol, cultura e sociedade. Campinas: Autores Associados, 2005.

-Paiva, C.C. Quem ama não mata... ou mata? Identidades da mulher na mídia: Família, Trabalho e Sexualidade. As aparições do deus Dionísio na Idade Mídia, 11. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/cardoso-claudio-identidades-mulher.pdf>. Acesso em: 19/09/2015

-Pimenta, C.A.M. Torcidas organizadas de futebol: Identidade e identificações, dimensões cotidianas. In: Pablo Alabarces. (Org.). Futbologías. Fútbol, identidad y violencia en América Latina. Buenos Aires. CLACSO/ASDI. 2003.

-Reis, H.H. B. Futebol e sociedade: As manifestações da torcida. Tese de Doutorado em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas. 1998.

-Rodrigues Filho, M. O Negro no Futebol Brasileiro. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1964.

-Sarti, C.A. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Estudos Feministas. Vol. 12. Núm. 2. 2004.

-Swain, T.N. Feminismo e Representações Sociais: A invenção das mulheres nas revistas “femininas”. Revista História: Questões & Debates. Vol. 34. 2001.

-Toledo, L. H. Torcidas organizadas de futebol. Campinas: Autores Associados/FAPESP.1996.

-Triviños, A.N.S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo. Atlas. 1987.

-Weeks, J. O corpo e a sexualidade. In: G. L. Louro (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte. Autêntica. 1999.

Publicado
2016-03-03
Como Citar
Silva, C. F., Menegotto, F. M., Carmona, E. K., & Mazo, J. Z. (2016). As mulheres na torcida jovem do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 8(29), 197-204. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/413
Edição
v. 8 n. 29 (2016)
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original

Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:

  • Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capí­tulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçõo do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).