Memes e futebol: Interações sociais nas páginas de instagram dos 20 clubes da série A do campeonato brasileiro masculino 2022
Resumo
Esta pesquisa é resultante de uma iniciação científica, junto ao edital PAPq 01/2022, vinculada ao curso de Educação Física, da Universidade do Estado de Minas Gerais-UEMG, unidade de Ituiutaba. Objetivou-se compreender os processos/dinâmicas de interações sociais entre clubes/torcedores, considerando as representações culturais de memes futebolísticos em páginas oficiais de Instagram dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro Masculino 2022. Trata-se de uma pesquisa de campo online na linha qualitativa com base netnográfica. A coleta de dados teve como lócus o Instagram, sendo realizada no mês de julho, entre a 150 e 200 rodada. Teve como suporte o diário de bordo, e como técnica a observação não participante. Os dados coletados foram analisados pelas técnicas de codificação analítica, interpretação hermenêutica e indução. Foram analisados 66 memes futebolísticos por seus tipos, classificações e categorias. As categorias definidas a posteriori foram: Futebol e clubes, Futebol e racismo, Futebol e jogos de azar, Futebol e marketing, Futebol e anime, Futebol e jogos eletrônicos. Sobre a interação clube/torcedor por meio de memes futebolísticos, 75% dos clubes utilizam dessa prática, destacando-se as equipes do Palmeiras, com 31,81%, Flamengo e Coritiba com 12,12%. Com respeito aos tipos, estiveram presentes os memes verbo visual com 56,07%, meme visual 30,30%, meme textual 3,03%, meme verbo áudio visual 10,60%. Concluiu-se que os memes futebolísticos propõem diálogos e sentidos ao futebol nas mais diversas possibilidades de sociabilidade, podendo criar uma arquibancada virtual, em que o conteúdo e a subjetivação de cada espectador irão formar sua concepção.
Referências
-Da Matta, R. O que faz o brasil, Brasil? 8. ed. Rio de Janeiro. Rocco. 1997.
-Da Matta, R. Esporte na Sociedade: um ensaio sobre o futebol brasileiro. In: Damatta, R. (org.). Universo do Futebol: Esporte e sociedade brasileira. Pinakotheke. 1982.
-Dawkins, R. O gene egoísta. Editora Itatiaia. Belo Horizonte. 2001.
-Doncel, E. B. Circulación de memes em WhatsApp: ambivalências del humor desde la perspectiva de género. Empiria. Revista de Metodologia de Ciencias Sociales. Núm. 35. p.21-45. 2016.
-Guedes, S. L. O Brasil no campo de futebol: estudos antropológicos sobre os significados do futebol brasileiro. Niterói. EDUFF. 1998.
-Marques da Silva, W.; Lazzarotti Filho, A. Influências da COVID-19 na propagação de memes em páginas futebolísticas do Instagram. Licere. Vol. 23. Núm. 3. 2020.
-Mascarenhas, M. Considerações teórico-metodológicas sobre a difusão do futebol. Scripta Nova - Revista Eletrónica de Geografia y Ciencias Sociales. Vol. 4. Núm. 69. 2000.
-Minayo, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 2ª edição. Rio de Janeiro. Vozes.1994.
-Recuero, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre. Sulina. 2009.
-Kozinets, R. V. Netnografia: realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre. Penso. 2014.
Copyright (c) 2023 Gabriel Limirio Mendonça Silva, Wesley Marques da Silva
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçõo do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
