Variação da velocidade da bola após o chute das categorias de base do futsal masculino
Resumo
A velocidade que a bola atinge no movimento técnico do chute, em um jogo de futsal, pode ser o fator determinante para a assinalação de um gol. O objetivo deste estudo foi avaliar a variação de velocidade do chute, de praticantes da modalidade futsal masculino, nas categorias sub 07, 09, 11 e sub 13, com o uso de um radar BUSHNELL, modelo 101911. Esse estudo tem a relevância e importância para colaborar com esse esporte, e para que se possa melhor compreender como esta técnica se comporta nesta fase de desenvolvimento de meninos. Para tanto, os dados foram coletados em alunos da escolinha de futsal Cristo Rei, na cidade de Marau-RS, onde cada aluno efetuou 03 cobranças do tiro livre de 10m (segundo tiro penal), com intervalo de sessenta segundos entre si, e após foi selecionada a finalização com maior velocidade, tanto com a utilização da segmentação do membro inferior dominante (DO), como para o lado não dominante (NDO). Os dados foram analisados a luz da estatística descritiva e possíveis diferenças significativas entre si. Foi possível identificar que conforme avança a idade, avança a velocidade da bola através do chute, sendo que nos 6 anos (DO- 45,6Km/h; NDO- 35,6Km/h) para os 14 anos (DO- 87,4Km/h; NDO- 69,8Km/h), a velocidade quase dobrou, e as maiores diferenças ocorreram entre as idades dos 9 para os 10 anos, porém, o maior pico de desenvolvimento evidenciado foi da passagem da faixa etária de 12 para 13 anos.
Referências
-Amadio, A.C.; Serrão, J.C. A biomecânica e seus métodos para análise de movimentos aplicados ao futebol. In: Barros Neto, T. L.; Guerra, I. Ciência do Futebol. Manole. 2004.
-Baxter-Jones, A. D.; Helms, P. J. Effects of training at a young age: A review of the training of young athletes (TOYA) study. Pediatric Exercise Science. Vol. 8. 1996. p. 310-327.
-Barbieri, F.A.; Gobbi, L.T.B.; Lima Junior, R.S. Aspectos da corrida de aproximação entre o chute realizado com o membro dominante e não dominante. Revista Motricidade. Vol. 2. 2006. p. 80-90.
-Barbieri, F.A.; Gobbi, L.T.; Santiago, P.R.; Cunha, S.A. Performance comparisons of the kicking of stationary and rolling balls in a futsal context. Sports Biomech. Vol.9. Num.1. 2010. p.1-15.
-Barbieri, F.A.; Santiago, P.R.P.; Gobbi, L.T.B.; Cunha, S.A. Análise cinemática da variabilidade do membro de suporte dominante e não dominante durante o chute no futsal. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol.8. Num.1. 2008. p. 68-76.
-Barbieri, F.A.; Santiago, P.R.P.; Gobbi, L.T.B.; Cunha, S.A. Diferenças entre o chute realizado com o membro dominante e não-dominante no futsal: variabilidade, velocidade linear das articulações, velocidade da bola e desempenho. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 29. Num.2. 2008. p. 129-146.
-Barut, C.; Ozer, C. M.; Sevinc, O.; Gumus, M.; Yunten, Z. Relationships between hand and foot preferences. The International Journal of Neuroscience. Vol. 117. 2007. p. 177-185.
-Beunen, G. P.; Malina, R. M.; Van't Hof, M. A.; Simons, J.; Ostyn, M.; Renson, R.; Van Gerven, D. Adolescent growth and motor performance: A longitudinal study of Belgian boys. Champaign: Human Kinetics. 1988.
-Baldi, M. F.; e colaboradores. Efeito do número de jogadores na frequência e distribuição dos fundamentos técnicos em jogos reduzidos na iniciação ao futebol. Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar. Vol. 22. Núm. 1. p. 27-32. 2018.
-Bosco, C. Strength assessment with the Bosco’s test. Rome: Italian Society of Sport Science. 1999.
-Brumitt, J.; Heiderscheit, B.C.; Manske, R.C.; Niemuth, P.E.; Rauh, M.J. Lower extremity functional tests and risk of injury in division iii collegiate athletes. Int J Sports Phys Ther. Vol. 8. 2013. p.216-227.
-Carey, D.P.; Smith, G.; Smith, D.T.; Shepherd, J.W.; Skriver, J.; Ord, L.; Rutland, A. Footedness in world soccer: an analysis of France ’98. Journal of Sports Science. Vol. 19. 2001. p. 855-864.
-Dorge, H.C.; Anderson, T.B.; Sorensen, H.; Simonsen, E.B. Biomechanical diff erences in soccer kicking with the preferred and the non-preferred leg. Jornal of Sports Sciences. Vol. 20. 2002. p. 293-299.
-Endres, E.; Belcaminho, G. C. T.; Soares, B. H. Variação da velocidade da bola após o chute, entre categorias no futsal. PRONSAU-UNC. Universidade do Contestado. Concórdia-SC. 2003.
-Ferrari, G.L.M.; Silva, L.J.; Ceschini, F.L.; Oliveira, L.C.; Andrade, D.R.; Matsudo, V.K.R. Influência da maturação sexual na aptidão física de escolares do município de Ilhabela - um estudo longitudinal. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Vol. 13. Num. 3. 2008. p. 141-148.
-Ferreira, D.D.P.; Paim, M.C.C. Estruturação das categorias de base no futebol. Lecturas, Educación Física y Deportes. Ano. 16. Num 158. 2011.
-Fidelix, Y.L.; Minatto, G.; Ribeiro, R.R.; Santos, K.D.; Petroski, E.L. Dados sociodemográficos, estado nutricional e maturação sexual de escolares do sexo masculino: Exposição à insatisfação com a imagem corporal. Revista da Educação Física. Vol. 24. Num. 1. 2013. p.83-92.
-Fukuda, J.P.S.; Santana, W.C. Analysis of goals in 2011 futsal league's games. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol.4. Num.11. 2012. p.62-66.
-Haywood, K.M.; Getchell, N. Desenvolvimento Motor ao Longo da Vida. Porto Alegre. Artmed. 2004. p. 432.
-Ishii, H.; Yanagiya, T.; Naito, H.; Katamoto, S.; Maruyama, T. Numerical study of ball behavior inside-foot soccer kick based on impact dynamic theory. Journal of Biomechanics. Vol. 42. Num. 27. 2009. p.12-20.
-Jones, M. A.; Hitchen, P. J.; Stratton, G. The importance of considering biological maturity when assessing physical fitness measures in boys and girls aged 10 to 16 years. Annals of Human Biology. Vol. 27. 2000. p. 57-65.
-Kunze, A.; Schlosser, M. W.; Brancher, E. A. Análise das técnicas de goleiro mais utilizadas durante os jogos de Futsal masculino. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 8. Núm. 30. 2016. p. 228-234.
-Leitão, R. A. O jogo de futebol: investigação de sua estrutura, seus modelos e da inteligência de jogo, do ponto de vista da complexidade. Tese de doutorado. Faculdade de Educação Física da Unicamp. Campinas. 2009.
-Malina, R.M. Physical growth and biologial maturation of Young athletes. Exercise Sports Science Reviews. New York. Vol.22. 1994. p.389-433.
-Martin, W. L. B.; Machado, A. H. Deriving estimates of contralateral footedness from prevalence rates in samples of Brazilian and non-Brazilian right and left-handers. Laterality. Vol. 10. Num. 4. 2005. p. 353-368.
-Martin, W. L.; Porac, C. Patterns of handedness and footedness in switched and nonswitched Brazilian left-handers: cultural effects on the development of lateral preferences. Developmental Neurophysiology. Vol. 31. Num. 2. 2007. p. 159-179.
-Nunome, H.; Asai, T.; Ikegami, Y.; Sakurai, S. Th ree-dimensional kinetic analysis of side-foot and instep soccer kicks. Medicine e Science in Sports e Exercise. Vol. 34. Num. 12. 2002. p. 2028-2036.
-Patel, D. R.; Pratt, H. D.; Greydanus, D. E. Pediatric neurodevelopment and sports participation: When are children ready to play sports? Pediatric Clinics of North America. Vol. 49. 2002. p. 505-531.
-Pestana, E. R.; Navarro, A.C.; Santos, Í. J. L. M.; Cunha, M. L. A.; Araújo, M. L. Gomes de Carvalho, W. R. Análise dos gols e tendência com a equipe campeã em um campeonato de Futsal regional do Brasil. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 9. Núm. 34. 2017. p. 327-332.
-Ré, A. H.N.; Bojikian, L. P.; Teixeira, C. P.; Böhme M. T. Relações entre crescimento, aptidão física, maturação biológica e idade cronológica em jovens do sexo masculino. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 19. Num.2. 2005. p. 153-162.
-Ré, A.H.N. Crescimento, maturação e desenvolvimento na infância e adolescência: Implicações para o esporte. Motricidade. Vol. 7 Num. 3. 2011. p.55-67.
-Roah, R.; Hirota, V.B. Análise da habilidade motora ‘drible’ do futebol e resposta da frequência cardíaca em alunas não treinadas. EFDeportes.com. Revista Digital. Buenos Aires. Año 16. Núm. 159. 2011.
-Rogol, A. D.; Roemmich, J. N.; Clark, P. A. Growth at puberty. Journal of Adolescent Health. Vol.31. Num. 6. 2002. p. 192-200.
-Soares, B.; Hortencio, M.M.; Santos, G.B.; Endres, E.; Belcaminho. G.C.T. Chutes no futsal e trajetória de bolas. UPF. Passo Fundo. 2010.
-Sarmento, H.; Anguera, M.T.; Pereira, A.; Araújo, D. Talent identification and development in male football: A systematic review. Sports Medicine, Vol. 48. Num. 4. 2018. p. 907-931.
-Stodden, D. F.; Goodway, J. D.; Langendorfer, S. J.; Roberton, M. A.; Rudisill, M. E.; Garcia, C.; Garcia, L. E. A developmental perspective on the role of motor skill competence in physical activity: An emergent relationship. Vol. 60. Num.2. 2008. p.290-306.
-Teixeira, L.A.; Silva, M.V.M.; Carvalho, M.A. Reduction of lateral asymmetries in dribbling: the role of bilateral practice. Laterality. Vol.8. 2002. p.53-65.
-Ziskind. F. S. Jogos reduzidos e adaptados no futebol. 2011. Universidade do Futebol. Disponível em: http://www.universidadedofutebol.com.br. Acesso em: 01/11/2018.
Copyright (c) 2022 Edson Gustavo Dalbosco, Ben Hur Soares, Adriano Pasqualotti, Ricardo Vilasbôas
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçõo do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).