Suporte parental e motivação dos jogadores da seleção brasileira de Futsal
Resumo
Este estudo investigou a percepção de suporte parental e a motivação dos 11 atletas que representaram a seleção brasileira no Grand Prix de Futsal 2013. Como instrumentos foram utilizados a Escala de Motivação para o Esporte (SMS) e a Escala de Suporte Parental (EMBU). Para a análise dos dados, utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk e a correlação de Pearson (p<0,05). Os resultados evidenciaram valores superiores nas regulações de motivação intrínseca e de suporte emocional do pai e da mãe. Correlações foram observadas entre desmotivação com os estilos de rejeição (r=0,71 e r=0,44) e superproteção (r=0,59 e r=0,62) do pai e da mãe, respectivamente. As regulações identificada, introjetada e externa apresentaram correlação com a rejeição (r=0,41, r=0,59 e 0,76) e superproteção do pai (r=0,69, r=0,72 e r=0,30). Quanto as regulações intrínsecas, destacam-se valores do suporte do pai entre atingir objetivos com rejeição (r=0,29) e superproteção (r-0,40); experiências estimulantes e motivação para conhecer com superproteção (r=0,46 e r=0,41). Para as mães, destaca-se valores positivos entre atingir objetivos, experiências estimulantes e motivação para conhecer com o suporte emocional (r=0,56; r=0,77 e r=0,61). Concluiu-se que o estilo de suporte emocional dos pais durante a infância pode ser um elemento interveniente para o desenvolvimento da motivação autônoma no contexto do futsal de alto rendimento, enquanto que a rejeição e superproteção podem favorecer o desencadeamento da motivação controlada e da desmotivação.
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