Comparação entre frequência cardí­aca máxima predita e mensurada em atletas adolescentes de Futsal

  • Edirley Guimarães de Souza Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.
  • Loani Landin Istchuk Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.
  • Juliana Astolpho Lopez Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.
  • Karina Alves da Silva Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.
  • Lucélia de Almeida Batista Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.
  • Hélcio Rossi Gonçalves Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.
  • Luiz Cláudio Reeberg Stanganelli Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.
Palavras-chave: Equações preditivas, Teste de esforço, Jovens

Resumo

A estimativa da frequência cardí­aca máxima por meio do uso de equações baseadas na idade é largamente utilizada pela sua facilidade e também pela dificuldade de realização de testes de esforço para obtenção da FCmáx. de modo direto. O objetivo deste estudo foi o de comparar a frequência cardí­aca máxima obtida em um teste de esforço em 35 atletas de futsal (masculino 17,5 ± 1,03 anos e feminino 16,3 ± 1,26 anos e média geral de idade de 16,71 ± 1,35 anos) com as equações 220-idade, 208-07 x idade (Tanaka e colaboradores 2001) e 223-1,44 x idade (Nikolaids, 2014). Para a análise estatí­stica foi utilizada ANOVA para medidas repetidas. O Teste de Friedman foi utilizado para comparação entre as frequências mensuradas e preditas. O ní­vel de significância adotado foi de p<0,05. Os valores de medianas de FCmáx obtidos foram os seguintes: Teste de esforço (198 bpm), 220-idade (202,6 bpm), Tanaka (206,8 bpm) e Nikolaids (197,9 bpm). Os resultados evidenciam que não houve associação significativa entre a FCmáx do teste de esforço com as equações preditivas. Entre as equações houve uma forte correlação (r>0,90; p<0,001). Como não houve associação significativa entre as equações do estudo para esta população especí­fica, é necessário que se façam mais estudos que utilizem esse mesmo tipo de amostra, porém em uma quantidade maior.

Biografia do Autor

Edirley Guimarães de Souza, Departamento de Ciências do Esporte, Universidade Estadual de Londrina-PR, Brasil.

Bacharel em Ciência do Esporte pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), Especialista em Fi­siologia do Exercí­cio pela UNOPAR (Universidade Norte do Paraná - Londrina), Mestrando em Educação Fí­sica pelo programa UEM/UEL na linha de Ajustes e respostas metabólicas e fisiológicas ao exercí­cio fí­sico. Trabalha com preparação fí­sica em equipes de futebol desde 2005, tendo passado por todas as categorias (infantil - profissional), com passagens por clubes do PR, SC, MS e DF. Tem experiência na área de Educação Fí­sica, com ênfase em Futebol, Fisiologia do Exercí­cio e Treinamento Desportivo.

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Publicado
2016-01-25
Como Citar
Souza, E. G. de, Istchuk, L. L., Lopez, J. A., da Silva, K. A., Batista, L. de A., Gonçalves, H. R., & Stanganelli, L. C. R. (2016). Comparação entre frequência cardí­aca máxima predita e mensurada em atletas adolescentes de Futsal. RBFF - Revista Brasileira De Futsal E Futebol, 7(26), 455-459. Recuperado de https://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/378
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original